29 de julho de 2013

Já não é só o Carlos Sá que me inspira...

 (Um dia conto-vos porquê...)

P A R A B É N S 

P A U L   M I C H E L




Ultra Maratona Atlântica Melides-Tróia 2013 - 43km.
Tempo oficial: 6h33m11s.

23 de julho de 2013

Correr na praia

Agora que muita gente se encontra a banhos por essas praias fora e que reclama que não consegue conciliar a corrida com as rotinas da época balnear que tal equacionar uma corridinha na praia? Ou preferem mesmo 'jibóiar' de manhã à noite? A decisão é vossa. Mas depois não se queixem (como algumas pessoas) que regressam de férias com quilos a mais...

A minha sugestão é a seguinte: aproveitem o facto de estarem na praia e façam um pequeno treino à beira-mar. Uma coisa simples, cerca de 30 a 45 minutos. Eu já o fiz e garanto que resultou.

Obviamente que quem não está habituado a correr neste tipo de terreno vai sentir maiores dificuldades ao início. Mas vejam isso pelo lado positivo: é um desafio! De vez em quando devemos variar o tipo de terreno onde corremos. Não devemos só correr em estrada ou em passadeiras de corrida, por exemplo. Tal como não devemos correr só em terrenos planos, devemos alternar o treino entre algumas subidas e descidas. Mas tudo isto varia consoante o tipo de corredores que somos. Mais uma vez, há que adaptar estas novidades de treino, chamemos-lhe assim, à nossa condição física.

Correr na praia tem o lado bom e o lado menos bom, não diria sequer mau. A primeira grande vantagem, para mim, é o cenário onde corremos. Correr à beira mar e sentir os salpicos salgados no corpo é quase uma dádiva divina. É usufruir da natureza no seu esplendor. Eu gosto muito de sol e mar e se conseguir conciliar isso com uma corrida então terei um treino perfeito!

Outra vantagem é exercitar músculos que raramente são chamados à responsabilidade. Ou seja, no dia seguinte à corrida na praia não estranhem se vos doer algo que vocês nem sequer conseguem identificar o que é. Chama-se músculo. Existe, estava lá, mas nunca tinha sido exercitado o suficiente.

Mas as desvantagens também existem. O desnivelamento do terreno será a principal. A ideia é tentar correr na areia mais dura e quando a maré estiver baixa, pois o terreno tenderá a estar mais direito. Cuidado com as lesões (coluna e anca, sobretudo) quando se corre na areia e em terreno desnivelado. Se já forem corredores experientes e quiserem imprimir ao treino uma pré-preparação para a próxima Maratona das Areias ou ainda tentarem a vossa sorte na Ultra-Maratona Atlântica que se realiza já este domingo próximo, então subam até às dunas e toca a dar-lhe gás!

Para quem vai começar a correr na areia o ideal é começar num ritmo lento e ir aumentando à medida que se sintam confortáveis. No fim da corrida (últimos dez minutos) é conveniente diminuir a velocidade e recuperar. Aqui a sessão de alongamentos é fundamental. Não esquecer!

Não sendo um conselho, mas mais uma dica para reflectir, aqui fica: tentem correr descalços. Há quem diga que sim, há quem diga que não. Mais uma vez, sou pelo bom senso. Vejam se se adaptam. Confesso que mesmo na areia, prefiro correr de ténis. Já fiz uma corrida descalça e fiquei com algumas dores na planta do pé. Mas há alguns e felizes exemplos de pessoas que correm na areia descalças (essa grande senhora chamada Analice, por exemplo). 

Outra nota importante é a hidratação. Levem uma garrafa de água na mão. Num treino de 45 minutos não custa nada. Não precisam levar mochilas de hidratação, tipo camelback. Não compliquem! É só um treininho leve na praia para ganhar o gosto de correr na areia e dar cabo das três caipirinhas que bebemos na véspera!

Para finalizar atenção ao equipamento. Principalmente as meninas. Nada de correr de biquíni! J A M A I S...



 
 Errado!

Por vários motivos: mamocas a saltar para cima e para baixo como se fossem insufláveis, o biquíni começa a enrolar-se no rabiosque e depois causa assadura e... É melhor ficar por aqui. Correr assim pode ser uma tragédia! Não se pode mesmo correr como esta jeitosa aqui de cima, ok?

Levem um calção prático, uma t-shirt e um boné que facilmente trocam num WC.

 Um bom exemplo.

Já os homens, p'ra variar' não têm tantas preocupações. Claro que também devem correr equipados mas para eles as soluções são mais variadas e as implicações da sua escolha causam diferentes estados de alma no areal.

 Um estilo confortável e adequado a uma corrida na praia ou no paredão.

 Um estilo mais descontraído mas ainda assim adequadíssimo.

 Condicente com a época veraneante (adoro o floreado!) eu diria que este é um estilo trendy que segue a tendência spring/summer 2013.


 Um look casual, mas ainda assim chic, em que o uso do boné confere um estilo cosmopolita.

 Atentem à alegria da 'piquena' lá atrás! Como eu te percebo, filha!... Esta é outra vantagem de correr na praia: proporcionar momentos de alegria aos veraneantes.
Glamour na praia? Yes, we want!!


 Depois há sempre o estilo mais minimalista...

:)))

Boas corridas e não se esqueçam do creme protector! Factor 50+

22 de julho de 2013

Acabaram-se. Para já...

Uma semana de férias que terminaram este domingo. As malas foram feitas numa espécie de duplicado: mala de biquínis e roupa de verão mais mala de desporto. As intenções eram boas: todos os dias vou fazer um treino ligeiro para compensar os exageros alimentares.

Qual quê? As boas intenções duraram dois dias. Ainda fiz dois treinos de 8km mas depois entreguei-me nos braços da gula e do dolce far niente all week long!!

Mas férias são férias, certo? E por isso tenho perdão.

O que não tem perdão é o quilo e meio que a balança hoje de manhã me mostrou!

Vontade não me faltou.

Lambona dum raio, pá!

Querias andar a alambazar paellas e gin tónicos a toda a hora e a malhar gelados de manhã à noite e depois querias regressar fresca e airosa, não era? Pois, mas não há milagres, minha filha. Por isso toma lá um quilo e meio de borla que também fazia parte do regime Tudo Incluído!

Hoje retomo os meus treinos em grande força. Quer dizer, retomo os treinos, pronto. Também não é bom começar logo a abrir. Posso lesionar-me.

Amanhã seria um bom dia para recomeçar, talvez... Deixo passar o dia de hoje para retemperar a forças (leia-se vontade) e depois então... 

Ai, quem disse que as férias fazem bem?

12 de julho de 2013

Mais sobre o Trail da Pampilhosa

Ninguém me nomeou embaixadora do trail da Pampilhosa, mas nem preciso. Quando gosto ou quando acho que vale a pena divulgar algo de qualidade ou útil, não espero que ninguém me dê nenhum empurrão.

Neste caso concreto, até pode ser um risco, mas eu arrisco. Pode ser um risco porque é o 1º trail e poderá não corresponder às expectativas. Poderá inclusive correr menos bem. Mas não creio... Tenho fé que este trail seja um sucesso! Dará visibilidade à terra e dará a conhecer os encantos, que são vários, da Pampilhosa da Serra.

Aliás, este trail tem tudo para correr bem e transformar-se numa prova 'habitué' por aquelas bandas que tanto se prestam a este tipo de actividades. Desde a prova em si até ao churrasco convívio no final, e o facto de estar inserido nos festejos anuais do concelho, poderá proporcionar momentos únicos a todos aqueles que participem.

A equipa RUN BABY RUN já se inscreveu e conta com 12 participações até agora. Espero ainda aumentar este número até lá. Vou continuar o meu trabalho árduo de evangelização junto de amigos e conhecidos.

O percurso de 19km tem um desnível acumulado de 600m e inicia-se na Barragem de Sta. Luzia. A partir daí poderão contar com belas paisagens e cheiro a verde! Sim, porque na Pampilhosa (quando o fogo não devasta a região) ainda cheira a verde!




Depois não digam que eu não avisei!

11 de julho de 2013

Fotos de Monsanto

Tudo nesta prova foi difícil: foi difícil terminá-la, foi difícil saber os resultados, foi difícil ver as fotografias. Mas cá estão elas!



 Em estágio

 Em estágio (2)

 Não consigo parar de rir quando olho para estas quatro almas a fazer o aquecimento! Parecem uma boys band com uma intrusa!

É de assinalar o meu empenho no aquecimento!



 Tal como é de assinalar a minha atenção ao briefing. Já percebi porque é que nos perdemos!

 O famosos bombeiros com as suas mangueiras!



Uma aprendizagem...


A minha recente participação na Eco-Maratona de Monsanto, que distinguia dois percursos, um de 19km e outro de 42km, revelou-se a mais dura e difícil prova concluída até hoje.

As altas temperaturas, na ordem dos 35ºC à noite, que se fizeram sentir fustigaram os atletas sem dó nem piedade. A organização decidiu, e bem, adiar em meia hora a partida das provas. Ainda assim, quando os atletas da maratona partiram às 19.30m ainda se sentiam 39ºC. Uma hora mais tarde partiram os atletas do Corredor Verde, os 19km.

De manhã, tinha equacionado levar apenas o meu cinto com duas garrafas de 200ml, contando depois com os abastecimentos dos chafarizes de Monsanto. Em conversa com o Mister ele ordenou (Yes, Sir!) que eu levasse, no mínimo, 2 litros de água. Com o calor que se fazia sentir alertou-me para o facto de ter de hidratar de 10 em 10 minutos. Alertou-me, e bem, para essa questão. "O mais importante é hidratares bem" - disse ele. "Caso não o faças vais entrar em falência!" Fogo... Já basta o país estar falido... Escuso de ir pelo mesmo caminho!

Rumei logo pela manhã à loja e toca de comprar uma mochila. A parte chata é que não havia mochilas cor-de-rosa. Vai daí, toca de levar uma preta, horrível, feia, sem pinta nenhuma... Aqui está a coisa horrorosa (mas útil) que comprei. Belhác...

Feia nas horas!

A partir daqui começaram as preocupações: nunca corri com mochila às costas. E hoje com calor, na minha maior e mais difícil prova, iria correr carregada com 2 litros de combustível. Bonito...

Esta foi a primeira aprendizagem desta prova: a hidratação. Caso não tivesse levado estes 2 litros teria sido um inferno. Creio que neste campo a organização poderia ter estado melhor. Face às elevadas temperaturas deveriam ter disponibilizado mais água aos participantes dos 19km, não contando apenas com os chafarizes.

Depois de andarmos perdidos, encontrámos um ponto de abastecimento. Chegados lá encontramos uma voluntária carregada com bananas e um bombeiro de agulheta em punho que perguntavam: "banana ou mangueirada?" Era o que eu mais queria ouvir naquele momento!! Estava indecisa... Banana ou mangueirada?... Enfim... Sem comentários... E água, não? Não, só bananas ou mangueiradas. Siga!

Outra lição desta prova: a importância de ir em grupo. Trail à noite corre melhor se for feito em grupo. Algumas marcações falharam. E para quem conhece a mata de Monsanto sabe que até de dia aquele espaço pode ser perigoso. À noite então... Chamem-me mariquinhas, mas a verdade é que em plena noite escura andar sozinha por ali perdida é dose. O facto de estarmos três pessoas foi muito importante para manter o espírito positivo e seguir em frente até encontrar o trilho certo.

Não pelo que vi, mas pelo que soube, esta prova teve muitas desistências. Ouvi a seguinte expressão que acho que traduz muito bem a dificuldade da prova: "caíam que nem tordos". O percurso era dificílimo, o calor era insuportável e quem não ia abastecido com muitos líquidos e outros consumíveis energéticos dar-se-ia mal. Os abastecimentos da prova, na minha opinião, foram manifestamente insuficientes. Seriam suficientes, caso o dia e a noite não tivessem sido tão quentes.

A terceira e última aprendizagem, ou melhor reflexão, que quero partilhar é a "nossa" teimosia em fazer loucuras.

Não vivo da corrida, não sou uma atleta de elite, não tenho características inatas de corredora, o que consigo fazer faço-o porque treino, faço-o porque trabalho para isso. Sou daquelas que se não treinar ao fim de três meses não corre 5km. 

Para quê ir fazer uma prova em condições extremas? Enfim, extremas para mim, claro. Estou agora a lembrar-me do Carlos Sá na Badwater e já acho que Monsanto foi um oásis! Mas tirando estes atletas excepcionais como é o caso do Sá ou de uma Fernanda Maciel, aqui a Anabela não se pode comparar a estes atletas.

Acho que devemos ter bom senso e ponderação e conhecer bem os nossos limites. Por aqui na blogosfera, em conversas com amigos existe sempre um discurso muito positivo, do qual eu faço parte, admito, que incentiva novos desafios, novas aventuras. É assim, é genuíno que queiramos ir mais além. É normal que depois de fazer uma meia-maratona queiramos fazer a maratona. E depois, e depois, e depois... E depois? Em circunstâncias difíceis, como as de sábado ou domingo passado devemos ir em frente? Treinei naquelas condições? Estou habituada a correr com peso às costas? Estou habituada a correr com elevadíssimas temperaturas? Já fiz muitos trails?


NÃO!

Mas mesmo assim fui! A prova correu bem, mas poderia ter corrido muito mal. Fica-me a dúvida de quando deveremos virar as costas a alguns desafios. Desafios que, à partida, até parecem tangíveis mas que, na ultima hora, se revelam o pior dos nossos pesadelos.

Boas corridas!

9 de julho de 2013

Carlos Sá a caminho da Badwater

Carlos Sá já se encontra de viajem rumo à Badwater. Prova que terminará após concluir 270km non-stop no Vale da Morte (Califórnia, EUA) com temperaturas a rondar os 50ºC.

Faço votos que este nosso campeão conclua a prova de boa saúde e, se possível, com este sorriso no rosto!

Força Sá!






8 de julho de 2013

Fui passear o frontal a Monsanto (parte 3)

Este será o relato mais curto da minha prova mais longa até hoje. O relato efectuado por um dos meus companheiros de aventura poderá ser lido aqui pois creio não haver necessidade de falar mais sobre a minha prova. Está tudo dito ali e bem.

Quero reforçar o agradecimento à Fiona e ao Bluesboy pela companhia pois sem eles na primeira ocasião de completo desnorte teria ficado por ali. É que em plena mata de Monsanto, à noite, sozinha, só com um pirilampo na testa e a ouvir rastejantes, folhas que se mexem com a (pouca) brisa que fazia... É de fugir! E eu teria fugido. Certamente teria imprimido um ritmo muito superior ao que fizemos, pois tal seria a 'miaúfa' que dava corda aos ténis e seguiria em grande velocidade!

Mas não foi necessário. Fomos três bravos corajosos! Lá terminámos a nossa prova em ritmo Fiat 127! Acabámos por fazer cerca de 22km, portanto mais 3km grátis, em 3h30m. Frenético, quase!!!

O Jean Charles, inscrito na maratona, desistiu por lesão. Ainda se aguentou até aos 22km, mas optou, e bem, por não concluir a prova.

Não posso terminar este relato sem falar de outra prestação que me merece todo o reconhecimento: o Paul Michel que terminou a sua primeira (sim, primeira, leram, bem!!) maratona em excelente estado de conservação. Após cinco horas e tal de completa superação e determinação. Ainda houve quem lhe tivesse perguntado: "o quê? É a tua primeira maratona e enfias-te aqui? Em Monsanto?"

Assim se alcançam os sonhos. Com muito trabalho e dedicação. Eu acompanhei e vi esse trabalho que acabou por dar frutos. É que a dimensão do seu esforço é do tamanho do seu sonho... Grande!...

PARABÉNS PAUL MICHEL

Em breve um post mais detalhado sobre as lições que tirei e aprendizagens que fiz desta EcoMaratona em Monsanto debaixo de 34ºC à noite! Foi a prova que mais me ensinou: antes, durante e depois.


Perto do início da prova. Faziam neste momento 42ºC
 
Na linha de partida para os participantes da Maratona

 Boas corridas e hidratem-se bem!

3 de julho de 2013

Dois (não, três!) presentes de aniversário! - A saga continua...

Ao fim da tarde cheguei e partilhei os desenhos que recebi logo pela manhã dos meus dois filhos. Não sabia eu o que me esperava ao início da noite.

Recebo um envelope pequeno e lá dentro o que estava? Recordam-se dos desenhos que eles me fizeram? Vejam aqui.

Transformaram a boneca de cabelo amarelo (eu!) em dois porta-chaves! Não são lindos?? Reparem nos pormenores da boneca: t-shirt RUN BABY RUN!

Lá me chegou a lágrima ao canto do olho! E tudo isto em segredo e com a cumplicidade da Babe, a minha sócia das corridas!





O pai super-fofinho que nunca tem tempo para me comprar um presente a tempo e horas dá-me este vale improvisado.


 Eu pedi-te uma Louis Vitton, não foi esta cebola!

Pode ser o cor-de-rosa, vá...


E assim acaba um dia muito feliz!

Dois presentes de aniversário!

 Pormenor: a mãe a subir uma montanha gigante e a chegar à meta! A t-shirt tem lá um sapatinho, conseguem ver?


Pormenor: a mãe a correr de lábios pintados de vermelho! Aqui a corrida deve ser na selva!

1 de julho de 2013

Fogueira só há uma, é em Peniche e mais nenhuma!


Eu sinceramente não sei o que se pode dizer mais sobre a Corrida das Fogueiras. Os anos sucedem-se e esta prova ganha cada vez mais adeptos. Foram essas as palavras da organização, afirmando que este ano a prova bateu um recorde absoluto no que ao número de participações diz respeito. E isso é fácil de perceber. Na minha opinião Peniche faz a diferença pela população que tem.

E é à população a quem devemos dar os parabéns. Pessoas assim raramente se encontram: o apoio, as palavras de incentivo, os aplausos e até os piropos dos senhores de idade respeitável são o que nos motiva a correr mais e mais!

 Paul Michel, eu e Jean Charles
Jean Charles: "Tira-me uma foto a mostrar os meus gémeos brutais"

 A equipa completa: Jean Charles, eu, Paul Michel e Louis Michael

Eu gostei muito desta prova e creio que não valerá a pena dizer muito mais sobre ela. Gostei muito de correr em Peniche e sentir a magia das fogueiras que nos iluminam em parte do percurso. Só lamento o facto de não ter chegado mais cedo para andar na galderice a fazer vida social. Gostava de ter cumprimentado algumas pessoas que sabia que iriam estar por lá, mas não consegui. Já durante a prova ainda disse um olá de raspão ao Tiago e na meta encontrei a Carla muito sorridente que me dizia: "Boa!"

Para mim nada falhou em termos de organização. Aliás, encontrei detalhes que superam qualquer outra organização de provas. Por exemplo, receber um SMS cerca de uma hora depois de terminar a prova com os tempos oficiais é digno de registo.

E foi neste momento que a história da nossa equipa começou. O Jean Charles propôs-se fazer a corrida em 1h10m e quando chegou à meta (e foi o primeiro de todos nós a chegar) estava literalmente aos gritos a dizer que tinha feito 1h09m. Ficámos contentes por ele, claro. Mas simultâneamente aquilo era o pior que podia ter acontecido. Vocês não conhecem esta peça. É do pior! Pensei: "pronto, agora é que ninguém o segura, nunca mais se cala. Vamos levar com ele a noite toda..."

E não me enganei. Toda a santa noite nisto:

E eu sou o maior!
E eu sou o Adónis de Peniche!
Eu sou mega-brutal!
Eu parecia um torpedo!

E por aí fora...

E perguntam vocês: e o que dizia o SMS do Jean Charles?? O que dizia??? Uma hora depois o SMS dizia: 1h12m...

O resto da noite foi assim:

Só não fiz 1h09m porque estava cheio de dores no Aquiles...
Não fiz porque no 1ºkm não deu para acelerar, senão tinha feito.
Não fiz mas senti que podia ter feito, porque sinto-me compacto e leve...

É assim, Jean Charles, fica o aviso: próxima vez que mentires à tua equipa estás fora!

Da minha parte, dei uma martelada no meu RP em quatro minutos. Fiquei super contente porque fiz 1h33m!


 Os macho Baby Runners são uns cavalheiros, de facto... Acho que na próxima corrida vou rifá-los.
(Eles na frente e a patroa cá atrás. Acho bem.)



 Jean Charles a aquecer e a pensar no seu sonho: quem me dera fazer 1h09m!

 
 Jean Charles ("eu era um Adónis se fizesse 1h09m"), Paul Michel, eu e Louis Michael



Eu e a Sandra do Corre de Saia na linha da meta

Bom, chegámos todos à meta e foi unânime: para o ano estamos lá.

De seguida hora de ir ao carro trocar de roupa e comer qualquer saudável. Tinha um feeling que aquilo das sardinhas não iria correr bem... Vai daí toca a preparar o farnel porque isto de ficar com a barriga a dar horas não é para nós.


 A IsoMini para o final. Estavam a estalar...



 A sandocha super saudável

Depois fomos até à zona da sardinhada na secreta esperança de comer um bicho, mas o esperado e óbvio aconteceu: conforme entrámos... Saímos. Filas para as sardinhas, filas para o pão, filas para tudo.

Voltamos ao centro e seguimos por uma ruela e entrámos no primeiro tasco que encontrámos. Diz-nos a senhora assim que nos vê entrar: "não tenho nada! Acabaram com tudo! Não tenho pão, não tenho moelas, não tenho mexilhão, não tenho nada! Só caracóis!"

TRAGA!!!!!

"Ah, e parece que ainda tenho ali um chouriço"

ASSE!!!



[Agradecimento especial à Carla, ao João Lima e à Ana Balejo pelas fotos]