4 de agosto de 2014

A desilusão, a neura, o "esquece", o "volta à carga" e as teias de aranha

As férias, que começaram com o Ultra Trail Douro e Paiva (UTDP), serviram não só para descansar a cabeça mas também para cansar as pernas. A juntar a isto a reflexão em torno do sucedido na prova levou a que uns dias de férias se transformassem numa maratona pensante sobre a minha vida e a corrida.

Acreditem ou não estive quase a desistir de ir a Chamonix. Até houve quem me perguntou assim (mas desta vez num tom ternurento): “achas que deves ir a Chamonix? Achas que estás preparada?” Com medo da resposta que podia ter dado naquele momento respondi um cobarde: “não sei…” Hoje, agora a escrever, ainda não sei se estou preparada. Nem sei se no próprio dia da prova saberei. E provavelmente não tenho de saber.

Oiço constantemente conselhos de amigos, alguns deles bastante experientes neste tipo de provas e até mais duras, que me dizem coisas do tipo:

“Mas qual é o drama se desistires? Não és primeira e não serás a última! Mas deves alguma coisa a alguém? Mas queres provar alguma coisa a alguém? Vives disto? Então goza o dia e a experiência única que vais ter… A semana UTMB é única e tem uma organização de excelência, nunca participaste até hoje numa prova com este nível de organização. As paisagens são de cortar o fôlego. O ambiente em Chamonix nessa semana só se respira trail, só se fala de trail, só se vive trail… Vens de lá apaixonada pela montanha, apaixonada (ainda mais) pelo trail.”

E de repente surge logo uma força enorme que me diz: “ó moça, tu vais fazer aquilo. Treinaste, vais estar bem e vais conseguir.”

O UTDP já lá vai e hoje já falo com mais distanciamento do que se passou. Estava na cara que dieta rigorosa e treino em demasia dariam aquele resultado. Um resultado que nunca achei que fosse tão mau. Já o disse e repito: para mim foi uma surpresa o preço que paguei. E é assim que uma prova que poderia ser de sonho se tornou no meu maior pesadelo.

Inscrevi-me nesta prova por dois motivos: 1) passei parte da minha infância nesta zona e e tenho de lá muitas e boas recordações e 2) no momento da inscrição, tive a certeza que a data da realização da prova era numa altura perfeita face a Chamonix: seis semanas antes era a altura ideal para fazer um último longo, como que uma espécie de test drive à minha condição física. E eis que no momento em que era preciso sentir-me forte e com confiança para enfrentar os 53km e os 3300 D+… Tumba!

O resto das férias foram simples: pensar, correr (às vezes com amigos), comer pouco, beber ainda menos e desfrutar das paisagens, rios e tudo o mais que a nossa mãe natureza nos oferece. A juntar a isto alguns momentos de humor deste nosso Portugal Português.


 Paisagem familiar

  Ruralidades



Ao menos alguém que festeje... 60km 4100 D+

... Porque até merece: 35º da Geral (9h30m)

Coisas estranhas (ou até não) que acontecem

 Para esquecer o UTDP



Ainda bem que avisam...

Sem comentários

Modelito minimalista: tronco nú, calções de surf e ténis Timberland
(o atleta da esquerda per supuesto...)

Quando esqueci UTDP e voltei... Foi tudo à frente.
O chamado: desbravar mato.

Ter-me-ei descuidado e coloquei blush a mais no rosto? Ou será reflexo da camisola?

Um esquilo provocador 

E no trail a Anabela!!


E quem é que já se levantou às 6.30m da manhã para ir correr no campo - e porque é a primeira pessoa a atravessar esse caminho - passa o tempo todo a sentir as teias de aranha no rosto?! Sensação única que só sente... Quem é filho de boa gente...

Mais um privilégio de quem corre no campo. :)))

Vamos lá embora que para cima é que é o caminho.


18 comentários:

  1. Anabela, por melhor que estejas preparada, duvidarás sempre se o estás. Nunca entraste num desafio desta dimensão, por isso é natural que as dúvidas te assaltem.
    Por isso, não te aflijas com isso pois acontece a todos. Nem te assustes com eventuais ataques de pânico antes da partida. Pensa que é normal e natural e sucede à grande maioria.
    Não te deixes é vencer pelas dúvidas. Se estiveres convencida que não vais conseguir, recorda-te do meu exemplo: Passei as últimas 5 noites antes de Sevilha a não conseguir dormir mais do que 3 a 4 horas. Na noite anterior, acordei às 3 e já não deixei a Mafalda dormir pois apenas repetia "eu não vou conseguir, eu não vou conseguir...", não tinha a mínima convicção pois sabia que não tinha podido fazer a preparação e ainda estava muito afectado pela infecção pulmonar. Fomos tomar o pequeno almoço e a Isa e o Vítor podem testemunhar como eu estava. O lógico seria nem partir pois não ia conseguir fazer nada. Seria? Pois se tivesse desistido sem tentar, não teria feito a corrida da minha vida, aquela onde fui mais feliz, aquela em que aos 2 kms já sabia que iria conseguir pois de repente, pura magia, estava completamente transformado.
    Eu disse pura magia? Claro que esse termo é meramente ilustrativo pois a realidade foi que de derrotado passei a vencedor pela força mental, por todo o querer em conseguir. Ao sentir que estava tudo perdido, a cabeça agarrou-se ao sonho e levou-me ao colo.
    E como se consegue isso? Idealizando vezes sem conta o momento de cortar a meta. Durante meses, repeti vezes sem conta a mesma imagem, o estar a cortar a meta e o quanto estava feliz por isso. É uma excelente táctica pois nos momentos difíceis que sempre encontramos num desafio desta envergadura, é a essa imagem que vamos encontrar forças para continuar e nem permitir que a palavra desistir apareça. Foi assim que me salvei aos 30 kms na minha maratona de estreia e em Sevilha que consegui vencer o derrotado que estava antes da prova.
    Pensa muito nesse momento inesquecível de cortares a meta, deixa-te emocionar com ele, agarra-te a ele e ele levar-te-á até à meta.
    Até lá, tens que conviver com as dúvidas e receios, o que é bom. E digo que é bom pois se não as tivesses, não estavas consciente do desafio que tens pela frente e quando aparecessem as dificuldades soçobrarias.
    E se te doem estas dúvidas e receios, mais valor e felicidade te vão dar aos conseguir vencer este desafio.
    Vê a Anabela a cortar a meta em Chamonix. Estás a vê-la? Eu estou e olha que ela vai bem feliz! :)

    Força Anabela! Estamos todos contigo!

    Um grande beijinho

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    1. Bem… João, nem sei que te responda. Para já agradecer-te o teu comentário. Só quem vive estas coisas à flor da pele “perde” tempo a escrever um texto tão longo. Só quem já passou por uma prova dura é que dá valor e estes sentimentos e a estas dúvidas. Tal como dizes nunca fiz nada parecido com aquilo que vou fazer no Monte Branco. Por isso os nervos, as dúvidas não param de me assolar.
      Eu bem tento não pensar, mas é o único pensamento que me norteia, para já, é a dúvida. Não queria fazer a prova com esta dúvida. Sei que talvez nos primeiros quilómetros terei de a levar comigo, mas gostava muito de me livrar dela, tal como tu te livraste da tua, logo ao km2. Em todas as provas que até agora enfrentei tive a certeza que tinha capacidade para concluí-las (a não ser por algum motivo ou imprevisto daqueles que bem sabemos que podem suceder no próprio dia) – exceção feita ao UTDP pelas razões já apontadas.
      Esta prova não. O que até agora ela fez por mim foi fazer-me duvidar sempre se vou conseguir. Cada dia que passa, cada treino que faço, parece que estou pior (mais cansada). Treinei como até hoje nunca treinei na vida. Já chorei em treinos, às vezes de dores, mas sobretudo de desilusão por não cumprir o que estava estabelecido no plano para esse dia. Se contasse isto a algumas pessoas (o que chegou a acontecer) até se riam na minha cara: “mas tu és parva ou quê? Choraste porque não conseguiste fazer um treino? Para uma prova onde nem sequer competes para ganhar nada?” – São aquelas perguntas às quais tu percebes que não vale a pena dar a resposta porque não te vão entender.
      O que me norteia nestes últimos dias é isso, João: o cortar a meta! E penso: estarei feita num oito? Vou sorrir? Vou dançar? Vou chorar? Quem vou abraçar?… Penso em tanta coisa. Mas passados uns segundos: e se?...
      Uma coisa prometo: tentarei a cada km feito pensar que já só faltam x kms para cortar a meta. É nisso que vou pensar sempre. Por 53 vezes durante aquela prova pensarei que vou cortar a meta.
      Grande beijinho e muito obrigada João!

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    2. Cada um de nós é diferente e motiva-se à sua maneira. No meu caso, essa táctica do já só falta x, não funciona. Aos 17 kms, por exemplo, já se nota o cansaço e se nessa altura penso que faltam 25, a coisa pode funcionar mal. O que costumo fazer é pensar "já cheguei aos 17. Venham os 20" e por aí fora. Em vez do "falta" penso "já fiz".
      Mas é como te digo, cada um reage e motiva-se à sua maneira.

      Sobre como estarás ao chegar à meta, podes vir num oito mas nessa altura o boost mental ao vê-la é impressionante. Dou-te o meu exemplo na Maratona de estreia. Estava completamente morto, entro no estádio do Inatel e vejo a meta. De repente senti-me leve, quase a flutuar até à meta :)

      Força!!! :)

      Beijinhos

      ps - É exactamente em que dia? E pode-se seguir pela net os tempos intermédios?

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    3. :)))
      É exactamente no dia 28 de Agosto às 8h. E pode seguir-se pela net. Lembro-me que no ano passado havia registo de passagem nos controlos intermédios. Até porque há limite de tempo para chegar aos controlos.
      (Ainda tenho mais esta, nem sequer posso ir com tempo para apreciar a paisagem ou ver umas montras...)

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  2. Um dos melhores "postes" que tenho lido ultimamente, palavras sentidas que colocam tudo "cá fora", coisas que não são fáceis assumir assim publicamente. Acredita que estas tuas dúvidas são comuns à grande maioria de nós, atletas de pelotão...afinal somos humanos (quase todos, a grande maioria). Eu acredito que vais conseguir, tu tens fibra rapariga....mas o melhor conselho que este teu amigo te pode dar é o seguinte....

    “Mas qual é o drama se desistires? Não és primeira e não serás a última! Mas deves alguma coisa a alguém? Mas queres provar alguma coisa a alguém? Vives disto? Então goza o dia e a experiência única que vais ter… A semana UTMB é única e tem uma organização de excelência, nunca participaste até hoje numa prova com este nível de organização. As paisagens são de cortar o fôlego. O ambiente em Chamonix nessa semana só se respira trail, só se fala de trail, só se vive trail… Vens de lá apaixonada pela montanha, apaixonada (ainda mais) pelo trail.”

    Aproveita a oportunidade ao máximo (já vista quantas pessoas gostavam de estar no teu lugar?). Se por algum motivo não conseguires (olha que eu acredito mesmo que vais conseguir), paciência, o mundo não acaba ali e com certeza que mesmo assim sairás de Chamonix muito mais enriquecida com as experiências vividas do que se desistisses antes de tentar ....e depois mais lutas virão.

    Beijinhos "Guerreira"...força nessas canetas "arranhadas"

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    1. Para mim o blogue funciona muito como um diário. Sinto este espaço como uma espécie de confessionário onde posso falar das minhas dúvidas e angústias pois sei que serão entendidas por grande parte dos leitores. Ajuda muito partilhar estas coisas, pois ao ler os comentários ficamos, nesse exato momento, com uma sensação reconfortante. Parece aquela sensação apaziguadora, uma espécie de colo de mãe que todos os males afasta e nesse momento tudo fica bem.
      Foi assim que fiquei depois de ler (também) o teu comentário.
      Beijinhos e muito obrigada, Carlos!

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  3. Borá lá meter kms nessas pernas!

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    1. Mais nada, não é Sílvio?! Deixa-te de conversas e vai correr!
      Beijinhos

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  4. Nunca poderás querer saber o que irá acontecer em Chamonix, nem prever. Poderás sim treinar, o que tens feito, e quando chegar a altura apresentaste na linha da meta e tudo irá te ser demonstrado a partir dai amiga. Aí sim iras ver e sentir na pela o que vai acontecer em Chamonix.
    Nessa altura irás vendo ao longo dos km's como te estas a sentir. E o saber se estavas preparada? Esse sentimento saberás ao cortar a meta amiga. Nessa altura sim irás saber realmente que "eu estava preparada!!!".
    Sabes tão BRM quanto eu que muitas vezes a preparação é um factor secundário, a envolvência de uma prova deste género é tão mais importante!!! E sabes também que só o facto de estarmos rodeados daquele ambiente cai em nós forças do além que nos fazem acabar aquilo a que nos propusemos. Senti isso na corrida do fim da europa. Não estava minimamente preparada para aquela prova, sabia disso, mas no entanto fiz e acabei em estado plena de felicidade!!! Bem sei que um fim da europa nada se assemelha a um Chamonix mas..... A vivencia que se retira é a mesma. Vai!!! Diverte-te!!! Aproveita cada segundo!!! Cada passada!!! A cada km que faças sorri e grita bem alto que estas a conseguir!!!! Cada km que facas é sempre menos um em busca da meta. Olha para a paisagem e desfruta daquilo que a prova tem para te dar!!!
    Brinca!!! Salta!!! Pula e dança amiga!!!
    Faz-me um favor!
    BRINCA MUITO EM CHAMONIX!!!
    :)
    ÉS A MAIOR!
    BEIJINHOS

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    1. Lembrar-me-ei das tuas palavras. Se a coisa der para o torto é isso que vou fazer: vou divertir-me. Ir a Chamonix vai valer a pena nem que seja por viver aquela semana de provas junto de grandes atletas de nome internacional. Fazer umas comprinhas...
      Se a juntar a isso conseguir acabar a minha prova... Perfeito!
      Beijinhos muito grandes, Martinha!

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  5. Ana,
    faça o que te faz feliz, não se preocupe tanto, não se cobre tanto, correr é diversão, na hora que vira obrigação perde a graça.
    Continue firme aí nos treinos e foco em Chamonix!
    Abraço.

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    1. Grande verdade Jorge: "na hora que vira obrigação perde a graça"...
      Grande abraço e muito obrigada!!

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  6. Não interpretes mal o que vou agora escrever: de uma certa maneira foi bom teres desistido no Douro e Paiva.
    Já está, etapa negra mas cujo resultado é sempre possivel e que teremos sempre de estar preparados!
    E se custa desistir, o esforço, o objectivo, a raiva de não termos cumpridos as (nossas) expectativas, porque o corpo não obedece à mente, ou porque a mente não disciplinou o corpo em tempo util, ou...mas a experiência é isto mesmo, vai acumulando coisas boas e más, temos que saber extrair o melhor de ambas.

    As duvidas são, penso, normais e comuns pois "quem não se sente não é filho de boa gente" e não passar por esses sentimentos pode levar a que se prepare a prova de maneira ligeira, sobranceira, com resultados catastróficos.

    Repara, estamos a falar de Chamonix, Arga, Porto, prova de 400m à volta da pista de cinza de Santarém em 1989, salto em cumprimento no Estádio Nacional em 1988, whatever, qualquer momento da vida tem que ter essa preparação, esse cuidado, daí, para mim, também a beleza da corrida, o paralelismo com a nossa vida e como nos comportamos tanto numa como noutra determinam de forma definitiva os resultados.

    Agora, rapariga, não fazes vida disto, e como já foi escrito, apenas deves o resultado a ti mesmo, quando muito aos teus.

    Esse é o objectivo, o alvo, o prazer de estar ali, naquele momento, a fazer aquilo e não outra coisa qualquer, sózinha ou, com muita sorte, acompanhada, esse momento ninguém to pode tirar e é por isso que corres.

    Visualiza isso mesmo, o porquê de correres agora cansada, por vezes com outras mil coisas na cabeça e por fazer, fome (lembrei-me agora duma posta tua, acordar com fome, estar com fome, WTF??), visualiza a meta, o esforço para lá chegar, mas sempre, sempre sabendo, que no fundo, isto é efectivamente um desporto, nada mais e como tal temos que lhe dar a importância que merece.

    Tudo o resto, pff, cacahuetes, tal como Chamonix:)

    bjs

    PS: "posta" sentida e verdadeira, são os teus pensamentos, duvidas, claro, mas não deve haver leitor deste blogue que não partilhe da maioria do que escreveste, nú e crú.

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    1. Bem... Mais um comentário que merece a minha vénia. Muito obrigada pelas tuas palavras, JNR. Sabe tão bem ler estes textos. Acima de tudo, comigo, funcionam muito como oxigénio.
      E permitem-me voltar a acreditar que sim. O tal: yes, I can (do it).

      E ao ler o teu comentário lembro-me de uma frase cujo autor desconheço, mas é mais ou menos assim: na minha vida, a corrida é a coisa mais importante das coisas secundárias… ;)

      Um grande obrigada e um grande beijinho para ti!

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  7. Que belo post miúda. Todos nós passamos por essas dúvidas, medos e receios. É sinal que somos humanos e também porque quando isso acontece é porque vêm aí novo desafio e algo que nos tira da nossa zona de conforto. O mesmo se passa comigo em relação à maratona que aí vem.
    "Ah! E se não conseguir?". Que se lixe. Tentámos e tentaremos de novo porque isto nos dá gozo, e porque temos a "loucura" necessária para o fazer. :)
    Em Chamonix, se te começarem a faltar as forças, lembra-te de todos estes teus amigos ("invejosos" por não estarem no teu lugar), e vais ver que vais sentir um empurraozinho extra para te levar até à meta.
    Beijinhos.

    PS - O "invejosos" é no bom sentido. E eu sou um deles. ;)

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    1. Que bom "ler-te" Tigas! Já tinha saudades.
      Ao ler os vossos comentários percebo-os e se fosse ao contrário eu diria o mesmo. Mas a verdade é que o meu coração sempre foi um bocadinho “teimoso”. E se ele sente de uma maneira… Dificilmente o consigo convencer a sentir de outra. De qualquer modo, o que dizem é com toda a razão.
      Só há uma coisa contra a qual não consigo lutar: é o meu medo do desconhecido. Sim, porque esta prova é um autêntico desconhecido para mim. Em tudo! E é esse desconhecido, essa parte que eu não consigo controlar que me angustia um pouco. Mas vou ter de viver com isso até dia 28 de agosto. Com a (quase) certeza que depois da prova – e depois de sorrir e mandar beijinhos para todos os “invejosos” - também eu vou acreditar numa nova Anabela.
      Um coisa é certa quer acabe quer não acabe vou sair dali uma pessoa diferente. Isso garanto. Porque mais do que o impacto (do resultado) da prova é o impacto do resultado da preparação.
      (Basicamente este meu comentário resumia-se a: estou borradinha de medo. Pronto.)
      Beijinho grande e força na tua preparação rumo aos 42 e uns trocos!

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  8. Faço eco do que já foi dito. Todas essas dúvidas são normais e o que os teus amigos te dizem é verdade. Não deves nada a ninguém e se desistires não é mal nenhum. Claro que, se formos honestos, ninguém gosta da ideia de desistir, mesmo que não tenhamos nada a provar e mesmo que seja só por nós (e se calhar por isso), ninguém gosta. Mas confia no treino e dá teu melhor. vai ser um dia que nunca mais vais esquecer, faz com que seja uma memória das boas.
    Quanto ao UTDP, mau ensaio geral significa uma boa estreia! :) Força!
    Beijinhos

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    1. Como ex-atriz (sim, porque eu já fui uma mulher do teatro!!!... Esta não sabiam vocês!!) ainda não me tinha lembrado dessa tua dica: mau ensaio geral, boa estreia!! Mas faz todo o sentido. Sempre fez as poucas vezes que subi ao palco.
      Beijinhos e obrigada!

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