11 de março de 2015

Transgrancanaria 2015 - Era um dia...


Pela primeira vez, antes duma prova, ela dormiu toda a noite. Mas só até às cinco da manhã. Bastava ter acordado às sete, mas a partir das cinco não mais pregou olho. As fortes rajadas de vento que se ouviam lá fora levam-lhe os pensamentos como se folhas secas de outono se tratassem. Esses pensamentos só tinham um destino: ele, que já andava na montanha há mais de seis horas. Na verdade, não só ele. Ela também pensava nos outros. Outros amigos da “tribo”, que também calcavam as pedras da montanha. É impossível ser egoísta ao ponto de só pensar nos nossos. Afinal de contas, ali, os nossos, somos todos.

Sai de casa sempre com receio de se ter esquecido de algo. Frontal? Confere. Telemóvel? Confere. Manta térmica? Confere. E assim vai, novamente em pensamentos, a conduzir até à zona dos autocarros que a levariam até à meta, daquela que ela já sabia que iria ser, a sua prova mais difícil.

O caminho até Garañón faz-se, com algum sobressalto, por estradas muito estreitas e ladeadas por precipícios. Alguns atletas recusavam-se até a olhar pelo vidro.

No início da viagem o rapaz sentado a seu lado mete conversa. Era escocês. Era a sua primeira maratona de montanha. Achava que a prova era fácil, sempre a descer, tal como o gráfico indica. Ela abanou a cabeça para os lados, como quem queria dizer: “atenção que há duas subidas muito fortes”. Mas ele desvalorizou. Nesse dia ela não estava para grandes conversas e deitou a cabeça para trás em sinal de “não quero conversar”. Ele percebeu e não mais abriu a boca. Era um dia em que ela não estava para conversas.

Pela primeira vez, chega à meta sozinha. Não fala com ninguém. Nem lhe apetece. Tira duas ou três fotos sem interesse à zona de partida. Quase como se fosse um ato de obrigação. E foi. Era um dia em que não lhe apetecia tirar fotos.




Ainda estica o pescoço para ver se vê o português mais conhecido do trail nacional, mas nada. Esteve quarenta minutos a olhar em redor. Olhava para corpos esbeltos, depilados, musculados, alguns já a tresandar a suor. Reparou nos buffs, nas marcas dos equipamentos, nos ténis que usavam, nos óculos, nos gadgets… Havia ali todo um mundo cosmopolita no que toca a cores, materiais, marcas e estilos. Era um dia em que lhe deu para reparar e criticar os outros.

Apenas a sete minutos do tiro de partida entra na zona de check in da meta onde lhe conferem o dorsal, a luz encarnada traseira e o chip preso à mochila. Um minuto para a partida. O speaker começa a tentar galvanizar a multidão com gritos de: “una meta, un sueño!” Grita pelas mãos no ar enquanto o drone sobrevoava as várias cabeças coloridas. O momento da partida causa-lhe um aperto grande no coração. Do género, os dados estão lançados e as fichas estão todas apostadas. Agora é ir. Ir atrás.

Hoje tem a noção que fez a prova com a cabeça. Ainda não vos tinha dito? Ela acabou. Sim, fez a prova, em 8h58m.

Pela primeira vez teve de puxar por este trunfo porque o corpo teimava em não dar resposta. E pela primeira vez, surpreendeu-se a si própria por isso. Com temperaturas elevadas, dores musculares e uma má nutrição durante a prova, fez com que ela se sentisse a Núria Picas lá do sítio. Era um dia em que o corpo não queria colaborar.

Estava muito calor. Nos abastecimentos era comum ver-se atletas a vomitar. Uma mulher chegou mesmo a desfalecer. A partir do 20ºkm o som das ambulâncias era mais frequente que o dos atletas a passar por ela. Mas eram raros os que passavam que não tinham uma palavra de conforto de ‘ânimo’! Retém na memória, desta fase da corrida, uma senhora, muito idosa, que olhou para ela, com piedade, e lhe dizia: “alegria nesse cuerpo, Macarena!!” Nesse momento, parou, debruçou-se sobre os bastões e derramou a segunda lágrima da prova. Ali ao km20. Não havia alegria nenhuma naquele corpo, nem naquela cabeça. Era um dia de poucas forças.

Ainda não vos tinha falado da primeira lágrima? Foi derramada na partida. Partiu com a quase certeza que a prova não seria nada fácil, apesar de tudo e todos pensarem o contrário. Foi uma lágrima apenas de tristeza. Não de raiva, não de frustração, não de mágoa. Apenas tristeza. Para ela correr tem de ser uma alegria, uma festa, uma exaltação de emoções. Mas aquele dia, era um dia de poucas alegrias.

O truque foi fazer a prova em quatro partes. Tal como o gráfico ilustra. A cada abastecimento enganava-se a si própria dizendo: “agora são só mais 15km”; “agora são só mais 9km” e assim por diante. Até à meta. Fez a prova toda a enganar-se a ela própria. É uma espécie de “tenho uma surpresa para ti, mas só te deu quando chegares ao sítio x”. É mesmo tonta, o raio da miúda! Mas a verdade é que se enganou e resultou.



O percurso da prova era demasiado técnico, duro, sujo, quente e empoeirado para ela. A segunda grande descida faz-se por um single track com pedra cascalheira solta, sempre com um precipício ora do lado direito, ora do lado esquerdo. Foram quase duas horas a descer. Sempre a bater com as pernas de forma firme para evitar a queda. Não é disto que ela gosta. Ela gosta mais de corridas de ‘meninas’. Daquelas onde se pode correr. Ou pelo menos, daquelas onde ela tem jeito para correr. Ali não. Ali ela só conseguia progredir de forma a evitar a queda.

O calor foi outro grande inimigo. Muitos atletas desidrataram, outros caíam por exaustão. No caso dela isso não aconteceu porque levou isotónico e fazia, em cada abastecimento, a sua própria bebida. Nos abastecimentos não havia isotónico. Nos abastecimentos havia: bananas oxidadas, laranjas, nozes e amêndoas, cubos de fiambre e queijo, snacks salgados, pão rijo, água e coca-cola. Uma lição que apende: tentar ser auto-suficiente, mesmo que a organização garanta abastecimentos. Nunca se sabe o que (não) se vai encontrar. Era um dia de muito calor e pouca comida.

Ela fez a prova a ingerir isotónico, água, laranjas e amêndoas. Apenas isto. Um dia inteiro nisto. Desilusão no que toca a abastecimentos. Faltava um caldo que reconfortasse o estômago, falta mais cuidado na apresentação dos alimentos (bananas oxidadas?), faltava muita coisa. Era um dia em que faltava muita coisa.

No último abastecimento dizem-lhe que faltam 8km para a meta. Já com algumas dores nos gémeos teve de percorrer cerca de 4km num leito de uma espécie de rio sem água, um empedrado irregular que só serviu para provocar entorses àqueles que iam mais esgotados.

Os últimos 3km foram feitos na companhia de um senhor residente na ilha. Foram 3km a puxar um pelo outro. Ali ela já teve vontade de conversar e deu-lhe conversa. Ficou a saber o seu nome, de onde era, o que fazia na vida, quantas provas já fez, quais as provas que fez, por onde já viajou… Ela contou-lhe parte da sua vida também. Chegaram os dois à meta, cumprimentaram-se e cada um seguiu para seu lado.

Saiu da zona de meta e quando lhe envergaram a medalha derramou a terceira lágrima. A menina que lhe ofereceu a medalha de finisher disse-lhe: CAMPEONA! MUJER FUERTE!

Era um dia de poucas coisas boas. Beijou a medalha e foi-se embora. Foi para casa tomar banho, trocar de roupa e voltar à meta esperar o Paul Michel.

Na secreta esperança que para ele tenha sido um dia de muitas coisas boas.


(Ainda vou dar outra perspectiva desta prova. A perspetiva que falta: de quem está na meta à espera. Até já)

28 comentários:

  1. ÁHH GRANDE MULHER, não és do norte mas pareces ;) CAMPEONA!!!

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    1. Esse elogio vindo de um homem do norte que é um verdadeiro campeão... Deixam-me quase sem graça, Pedro! Também tu foste um guerreiro. Tu e todos os que fizeram aqueles 125km. Nem consigo imaginar o que é trazer 85km nas pernas e chegar a Garañón e levar com aquela estupada... Só mesmo para campeões, como tu!
      Beijinhos

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  2. Olha...caiu a 4ª...

    Rais parta, rapariga, isto escreve-se?

    Seja como fôr, não foi a tua prova, não foi a tua alegria, mas foi também onde descobriste algo mais, de ti, como atleta e até, quiça, como pessoa...

    Relato muito sentido, Anabela, mas não tenho nada mais original que isto:

    "CAMPEONA! MUJER FUERTE!"

    Aguardo(amos) o resto, e que o Paul Michel tenha um pouco mais de alegria nas suas horas nas Canárias.

    Bjs

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    1. :)))
      Sabes, JNR, não foi mesmo a minha prova. Mas nem sempre tem de ser, não é? Umas correm melhor, outras não. Gostamos mais de umas que outras. Mas não me arrependo de ter feito a prova. Aprendi imenso. Aliás, talvez tenha sido a prova onde mais aprendi e onde mais me conheci.
      Lá diz alguém que nas adversidades é que nos conhecemos melhor. Esta prova teve isso de muito positivo.
      Mas não volto lá. Está feita. Game Over!

      Beijinhos

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  3. Guerreira!!! Mais uma vez muitos parabéns, pelo prova e por este texto tão profundo, melancólico, negro...gostei desta viagem. Fazer uma prova nesse estado de espirito é mesmo de Campeona, mujer fuerte!!! Com certeza foi uma grande aprendizagem e porra carago, tens mais uma no currículo. Com o Mont Blanc a tua bitola estava muito alta, mas pelo que contas não entendo tanto alarido à volta da Transgrancanária....tinha-a debaixo de olho, acho que vou coloca-la na gaveta ;)
    Beijinhos para ti e um grande abraço para o Paulo.

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    1. Obrigada Carlos! ainda falarei mais sobre esta prova. Acho que vale a pena desmistificá-la, na minha opinião. Prova com um percurso desinteressante e fraca nos abastecimentos.
      Possivelmente tens razão quanto à bitola, é possível. Monte Branco dá 20 a 0 a esta prova. Acho que não justifica viajar até lá, gastar dinheiro, para fazer aquela prova. Desaconselho-te.
      O alarido à volta da prova prende-se com o facto da North Face colocar lá os seus atletas de elite e esta ser a primeira prova da época do World Tour. Na minha opinião só isso poderá justificar este alarido.
      E bom, enfim, há gente que gosta daquele tipo de prova.
      Mas o balanço final não é negativo.

      Beijinhos

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  4. Assim não vale... Fizeste-me ler o teu relato com as lágrimas a querer sair...
    Parabéns "MUJER FUERTE!"

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    1. :)) Muito obrigada Francisco!
      Eu também chorei quando estava a escrever. Ao lembrar-me do que passei...
      Beijinhos

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  5. Pelo relato parece que foste a um funeral e não a um trail!!! Fogo andas sempre animada, consegues um feito enorme e depois fazes um relato triste!!! não entendo!!! Força amiga Anabela e siga em frente!!! Beijinho e parabéns pela conquista ! Parabéns também ao Paul!

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    1. Carlos, o relato é o reflexo da prova. Não gostei da prova, percebes? Aquilo não é a minha praia. Por outro lado, vim de lá mais conhecedora da minha pessoa, o que é positivo.
      Por fim, a t-shirt da SPEM ajudou-me a pensar que aquele meu sofrimento era incomparavelmente menor ao das pessoas que sofrem de esclerose múltipla. E por isso, há que seguir em frente e dedicar-lhes estes 46km! Foi isso que fiz! Espero em breve ter uma foto para te enviar!
      Beijinhos e obrigada, meu amigo!

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    2. És grande Amiga! Agradeço todo esse empenho por aqueles que sofrem desta doença! A sério fico muito sensibilizado com essa atitude! Agora temos que preparar a festa na Pampilhosa!

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  6. Sinceramente não esperava este tom no texto mas tendo sido o que sentiste, está bem expresso.

    Nesse estado de espírito, fizeste (e bem!) a prova, merecendo muito bem o "CAMPEONA! MUJER FUERTE!".

    E gostei particularmente da frase tão verdadeira para nós atletas de pelotão "Afinal de contas, ali, os nossos, somos todos"

    Animo, animo Anabela, que mostraste mais uma vez a tua garra! Grande orgulho!

    Beijinhos :)

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    1. Foi muito duro, João! E a prova não é agradável em nenhum aspecto: nem o percurso nem a paisagem. Mas foi importante tê-la feito. Aprendi muito e acho que me tornei mais forte ou pelo menos mais conhecedora das minhas capacidades.
      Beijinhos e obrigada por teres estado lá ;)

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  7. Magistral!
    Que força de vontade e como transmite tão bem o que a alma sentiu!
    Esse truque de se "enganar" a si proporia, de correr de abastecimento em abastecimento, é a essência do treino e das provas de um ultra maratonista.

    Afinal as provas em Portugal tem abastecimentos bem melhores. Algumas autênticos banquetes. Estamos muito mal acostumados :)

    E com as nossas desculpas aqui da redacção do UK agora vai ficar, para nós, com a alcunha da Marcarena! Todos aqui já lhe chamamos isso deste o director do UK até a senhor que faz a limpeza das nossas instalações :)))))))))))))))))))
    Ficamos "à espera" do Paul Michel.!

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    1. Ai Jorge, agora consegui rir-me!! Aceito de bom grado esse nome: Macarena!! E não é preciso pedir desculpas, acho que o nome até me fica bem! :)
      Comentámos, entre nós portugueses, justamamente isso que referiu. Em Portugal, várias provas de trail, e com menos apoios, têm abastecimentos bem melhores. Estamos mesmo mal habituados. Ou então devemos valorizar mais o que cá se faz.

      Beijinhos e muito obrigada!

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  8. Ana,
    belo texto,sincero,comovente e inspirador,texto de quem faz parte da "turma que tem sangue nos olhos",parabéns!!
    Abraços.

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    1. Obrigada Jorge!
      Esta prova roeu até ao osso!! :)))
      Abraço e até breve!

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  9. uau, que brutalidade de relato e de prova! Realmente os gráficos que se lixem, é tudo a uma questão de escala. Realmente, olhando para o perfil parece sempre a descer, mas se virmos as diferenças de cotas no eixo das altitudes é que se tem noção. A parte final é comum com a prova dos 125? Um amigo meu o ano passado fez essa prova e diz que essa descida é durissima, pior que os 8500d+! Parabens Anabela, foste uma guerreira! Beijinhos e boa recuperação

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    1. Olá Filipe, é mesmo isso. Toda a gente desvaloriza esta prova olhando para o gráfico (Ah, e tal, isso é sempre a descer...). Outra coisa que os gráficos nunca mostram é o tipo de terreno.
      Estes 46km são os últimos 46km da prova dos 125km.

      O teu amigo, segundo o Paul Michel, tem toda a razão! ;)

      Beijinhos e muito obrigada, Filipe!

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  10. Excelente relato! Conseguiste transmitir na perfeição aquilo que te foi na alma. E acredito que muito ficou por dizer.

    Provas em que existe muito declive negativo mas depois com autênticas paredes pelo meio é do pior que há. Os músculos estão fatigados de levar pancada nas descidas e depois queremos que tenham força a subir. Esta bem :)

    De qualquer forma parabéns! Não é todos os dias que se corre quase 50km!

    Beijinhos e força para recuperar a alegria na próxima prova :)

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    1. A tua análise é certeira, Vítor: declives muito acentuados desgastam-nos os músculos e quando queremos correr não conseguimos. A meio da prova já só queria subidas!

      Muito obrigada, Beijinhos

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  11. Parabéns grande Anabela!

    É uma pena que não tenhas sido feliz nesta prova mas melhores virão! E aprende-se imenso nestas provas menos boas. Imenso!
    Pelos vistos essa prova é só fama. E abastecimentos tão fracos numa prova desse calibre não se perdoa. Em Portugal provavelmente temos provas com abastecimentos bem melhores e percursos bem mais bonitos. Aliás, devo-te confessar que mesmo antes do teu relato essa prova nunca me seduziu muito, imagino-a como a descreves, muito seco, muito árido.

    Melhores corridas virão amiga!

    Beijinhos grandes e FORÇA! Toca a animar!

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    1. Obrigada Isa!
      Provas assim também fazem parte e são uma grande aprendizagem. Aprendemos mais nestas do que nas outras.
      Quanto aos abastecimentos só te digo uma coisa: venha de lá o trail da Pampilhosa!! Lembras-te?

      Não recomendo a prova, é pouco interessante do ponto de vista paisagístico, do tipo de terreno... Há coisas mais giras para se fazer.

      Beijinhos grandes

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  12. Ohhhh que caraças Mujer!!!
    Sabes quantas lágrimas derrubei!? Não sei .... não consegui contar.
    Bolas, que me fizeste agora largar umas quantas.
    Sabes o que és!?
    Uma GUERREIRA!!!!
    Foste! Alinhaste!! E Venceste!!!
    Se já tinha uma enorme admiração por ti, ao ler este relato fiquei com ainda mais admiração!!

    Foste VALENTE!

    BRAVO

    Muitos Parabéns!!
    Beijinhos enormes

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    1. Ai, mulher, a gente mete-se em cada uma... Que mais parecem duas!!!
      Esta foi-me ao osso. Acredita...

      Lá longe temos uma força extra quando pensamos em vocês, sabes?! Tu sabes, eu sei que sabes.

      Beijinhos grandes!

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  13. Hum...não gostei nada dessa descida sem fim, de pedra solta à beira dos precipícios... Mas...parece—me que algo menos bom te atormentava nesse dia pó isso a tua visão tão "negativa" da coisa, não sei... Bem, talvez faça a versão mais curta...está tudo em aberto por ora. Vou continuar a ler os posts seguintes sobre isto. Beijinhos e Obrigada por teres isto tudo "registado". Se na altura me passou ao lado por um ou outro motivo, hoje...leio com toda a atenção :-)

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    1. Tens razão quando referes "algo menos bom te atormentava nesse dia"...
      (nesse dia e nos que se segiiram ao longo de três meses).
      Bjs

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    2. Bem, se já psssou...fico contente. E não há dúvidas nenhumas que se não estamos bem, a nossa perceção das coisas, fica sempre sob um manto cinzento ou mesmo negro...

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