28 de fevereiro de 2013

Cascais 2013 - o relato da 1ª prova

Foi no passado dia 10 de Fevereiro que o RUN BABY RUN nasceu de verdade! E porquê? Foi a nossa primeira prova à séria. Inscrevemo-nos como equipa. Éramos apenas quatro, mas cheios de vontade e garra para fazer uma boa prova.

Os rapazes fizeram a prova dos 20km, as meninas a prova dos 5km. Para começar achei por bem ter a certeza que acabaria uma prova num estado físico e mental razoável. E foi o que aconteceu: fiz os 5km em 27 minutos. Para mim, é importante estabelecer objetivos atingíveis. E aquando da inscrição, em Janeiro, não me sentia nada confiante para enfrentar 20km. No way...

Eu e a minha amiga Sandra lá fomos as duas para a partida dos 5km e quando soou o apito lá fomos nós. Tranquilas, até porque sabíamos que aquilo ia ser canja, e além disso a minha amiga saiu de casa com base e rímel, imaginem… Só ela! E não é que quando acabou a prova estava linda e maravilhosa?! Nem um borrão naquela carinha laroca. Nada! Impecável!

 
Eu e a Sandra
 
Agora os rapazes e os 20km.
 
Tenho a dizer que esta corrida de Cascais não é nada fácil. Os primeiros quilómetros fazem-se dentro da cidade que, como alguns saberão, não é plana. Tem algumas subidas, mas nada de especial. Depois de feita essa volta, seguiam até ao Guincho. A partir daqui é que era a doer.

 

A parte boa foi a vista: deslumbrante! Quem conhece a zona sabe disso: correr à beira mar é uma sensação sempre boa e (ainda mais) libertadora. O pior era o vento que teimava em não ajudar. E lá foram eles até ao Guincho. E foram, foram, foram… E depois voltaram.

No regresso (Guincho-Cascais) é que se via quem tinha perninhas, porque as subidas eram mais que muitas. Principalmente por volta dos 15km.

O que é que uma pessoa pede a todos os santinhos depois de correr uns 15km e lhe faltar outros 5km para chegar à meta? “Epá, vá lá… Agora o que eu queria mesmo era uma subida!”

E como isto de rezar aos santinhos dá sempre certo, pimbas! Foi-lhes feita a vontade. Ora tomem lá, vá. Mexam-se! Corram até morrer ou então morrem na praia!

Mas os nossos homens foram uns valentes e chegaram à meta passadas duas horas de terem partido! Aqui estão eles. A expressão no rosto é elucidativa da alegria e satisfação em terem cumprido este objetivo.
 


 
 

 
Sandra, James e eu (em modo: irmã do CR7)
 
Após a prova ninguém fez alongamentos, o James disse: “tenho a sensação que se alongar parto-me todo!” Vai daí, depois dos abraços e dos beijinhos, fomos comer frango assado com batatas fritas e beber umas cervejas geladinhas!
 
E nada de criticar (“ah e tal, grandes exemplos, depois de correrem metem-se nos copos…”). Nada disso, comemos carne branca (as batatas fritas foram só duas) e a cerveja diz que faz muito bem após uma corrida! Aliás, li algures não-sei-onde que na maratona de Munique, nos últimos quilómetros, a organização da prova dá cerveja aos participantes! Ora toma!

Resumo da história: uma dia super-mega-saudável! E romântico, também... Snif, snif...






25 de fevereiro de 2013

Ainda sobre a fadiga dos últimos treinos

Já vos tinha dito que os últimos treinos correram mal. Cansada, a suspirar para que o treino acabasse rápido, dores nas pernas… Apoderou-se de mim alguma frustração, tenho a dizer… Sempre achei que isto de correr é sempre a subir. Ou seja, quanto mais treinas, quanto mais corres, mas eficiente te tornas. Pois… Mas ao que parece não é bem assim.

Falei com o Mister (um dia apresento-vos o Mister) e tivemos uma autêntica conversa de divã, apesar de ter sido telefónica. Foi importante falar com ele. As suas palavras, para mim, foram sábias. Deixo-vos aqui um resumo, espero que fiel à nossa conversa se a memória não me atraiçoar, que me ajudou muito a encarar (de novo) o treino.

Treinar é isso mesmo. Há dias que corremos como monstros e outros não. Se sentes fadiga deves recuperar, sim. O corpo está a dar sinais, deves aprender a interpretá-los. Aqui pensei que me esperariam uns diazitos de descanso. Qual quê, menina?…

“Recuperar sim, mas a correeeeeeer” – disse-me ele. A recuperação faz-se, correndo! Apenas diminuis o tempo de treino e/ou o ritmo. Mas não paras! Nunca!

A conclusão a que chegámos é que a fadiga que senti nos últimos dias tem um motivo: a corrida a dois. Andei a correr com o meu marido e a verdade é que correr com ele, para mim, significa andar a um ritmo superior ao que neste momento consigo aguentar. E isso não é bom. Tenho que correr ao meu ritmo, decididamente não posso (para já) acompanhá-lo. (Nem sei se algum dia conseguirei. Só se boicotar o plano de treinos dele: vendo-lhe o GARMIN no E-Bay, e ele entra em depressão, ou despejo-lhe uma caixa de laxante na sopa).

Motivação treina-se assim, sabiam? (Eu não). Quando não nos apetece, vamos correr! Quando sentimos fadiga, vamos correr! Está frio, vamos correr! Está a chover (olha que bom!), vamos correr! É assim na nossa vida quotidiana e deve ser assim nos treinos. Quantas vezes acordamos de manhã sem vontade de ir trabalhar/estudar? Mas vamos.

Tudo isto faz parte do treino. Dias melhores, dias piores. E é justamente nos dias piores que devemos superar-nos e ir com garra para a rua. E foi isso que fiz. Ontem lá fui correr. E não é que correu muito melhor? (Claro que ajudou imenso ter ido aos saldos e ter comprado uns calções e camisola UNDER ARMOUR, um top e um casaco da NIKE, tudo cor de rosinha!)

Ah… E afinal é só mesmo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Porque na corrida, decididamente, não!

23 de fevereiro de 2013

Corrida a dois

O treino de ontem foi para esquecer. Fomos os dois, eu e ele. Assim que começámos a correr começou a chover. Mas lá fomos.

Ele estava endiabrado e eu nada... Nem de longe nem de perto o acompanhei. Ele corria, olhava para trás, dava a volta e vinha buscar-me. Repetiu isto umas dez vezes. Exagero, vá... Umas três ou quatro.

Tive uma sensação de fadiga muscular que me impedia de progredir. Mas, lá está: não desisti. Lá corri, ou melhor lá me arrastei durante uns penosos 55 minutos a um ritmo de senhora idosa. No final do treino outra chuvada. Ninguém merece. Não correu nada bem.

(Bom, bom, foi depois o jantar: uma garrafinha branco Casa de Santar a acompanhar umas amêijoas à Bulhão Pato e um camarãozinho . Tudo feito pelo chef).

Hoje de tarde lá fomos novamente. Desta vez, um vendaval daqueles! Ele disse-me: “quero fazer 10km em menos de uma hora”. E conseguiu: 58 minutos. Parabéns!

E eu lá continuei com o meu treinozeco. Continuo a sentir a fadiga nas pernas. É aquela sensação de quem tem as pernas presas porque não corre há séculos. Com os treinos que ando a fazer não se justifica, acho eu...

Vamos ver como correm os próximos dias. É que só faltam três semanas para a minha grande prova. Se me sentir, nesse dia, como me senti ontem e hoje... Acho que nem 7km aguento, quanto mais 21km...


Pernoca sexy!!! :)

22 de fevereiro de 2013

Pézinhos com estilo

Quando corremos um dos principais desejos é ter nos pés uns ténis leves e confortáveis. Básico!

A NIKE, sabendo disto, colocou-se em campo e durante quatro anos andou a desenvolver pesquisas. Diz que chamou engenheiros, designers, programadores e mais outra tanta tropa fandanga para conceber o ‘perfect fit’.

Chegaram então ao NIKE + Flyknit Lunar 1.

Diz AQUI que é um ténis superior, construído todo ele em fios de poliéster (sei lá eu se isso é bom ou mau…) e que varia consoante a densidade: mais aberta, em áreas específicas que necessitam de maior flexibilidade ou ventilação e mais apertada em áreas que suportam a passada. Perceberam? Hum. Ok.

Detalhes técnicos à parte, os ténis são giros nas horas! É aquilo a que eu chamo: “ténis de gaja”! Lindos e maravilhosos! Espero em breve que um par destes venha cá para casa fazer companhia aos meus ASICS (que também amo de coração).

Agora confessem que com uns destes nos pés não vos dá vontade de ir correr? Comigo a coisa funciona muito assim: se investir muito, comprando bom material, depois há que dar-lhe uso, ora essa!

Se juntarmos o investimento financeiro ao facto de ficarmos (ainda) mais giras, perfeito! E se juntarmos o facto de ficarmos mais giras à possibilidade de contribuir para a melhoria da nossa saúde e bem-estar, melhor ainda! Eu diria que o retorno do investimento é total! Pimbas! (Conheço um financeiro que se me estivesse a ler agora partia-se a rir comigo, mas deve estar agarrado à sua folha de EXCEL...)

O problema vai ser qual escolher? Já estão a imaginar qual era a minha vontade, certo? Ok, dispensava os cinzentinhos lá da ponta com atacadores azuis, vá…
 
 
Mas atenção, ouvi dizer que a ADIDAS andou com umas ideias inovadoras e que tem na calha uns ténis p’ra lá de saltitantes: os BOOST. Deixo-vos o teaser:

21 de fevereiro de 2013

Maratona logo pela manhã

Qual é pior coisinha que nos pode acontecer quando acordamos? Ou melhor, qual é a pior coisinha que um filho, às 5 da manhã, nos pode vir dizer ao ouvido?

“Mãe, fiz diarreia… Na cama!” Ai, não… Não! Não! Por favor…

Bom, toca a levantar, lavar o rabo fedorento ao miúdo, vesti-lo de lavado, tirar os lençóis da cama, pôr a máquina a lavar e, porque já não existem mais forças, convidá-lo a deitar-se na nossa cama. Uffffffffff … Tranquilo. Vamos ter fé que o dia vai correr bem, mesmo com este episódio olfativo que não desejo a ninguém.

Zzzzzzzzzzzzzzzz… Toda a família dorme. Zzzzzzzzzzzzzzzz.

Passam 20 minutos. Uns singelos 20 minutos. Apenas 20 minutinhos... E eis que a descarga acontece novamente. Na nossa cama, porra!!!!! Belhác!!!!

O resto já nem vos conto… O drama, a tragédia, o horror...

Não contente, chegamos ao fim do dia e o S. Pedro decide também “descarregar” água como se não houvesse amanhã. Ou seja, lá se foi a corrida. E não me venham com tretas que “ah e tal, és uma piegas, não corres à chuva”. Ai corro, corro. Aliás  até gosto bastante, mas hoje está difícil. É muita água!! Não vai dar mesmo.

E logo hoje que era o dia do treino longo: cerca de 1h30m a uma média de 150ppm. Estes detalhes são para o meu treinador ficar contentinho comigo. Diz que assim perco mais banha! If you say so…

(Fico muito triste que o meu 2º post seja muito mais sobre cocó e não tanto sobre corrida…)

20 de fevereiro de 2013

Partida, lagarta, fugida

Está dada a partida.
 
Go!!! Run baby, Run!!
Este blog pretende ser, em primeiríssimo lugar, e não haja dúvidas quanto a isso, o meu (sim, o meu!) espaço de partilha das minhas experiências enquanto ser que tem duas pernas e utiliza-as para correr! Para correr de casa para o colégio dos filhos, para correr do colégio dos filhos para o trabalho, para correr do trabalho para a supermercado, para correr do supermercado para a depilação, para correr da depilação para a reunião... E para correr, quase sempre ao fim do dia, uns quantos quilómetros a sonhar com as maratonas que tenho de vencer no dia seguinte.
Quantas vezes dizemos: “ai, pá, hoje o dia foi uma correria”? Ou “epá, passei o dia a correr de um lado para o outro”? Este tipo de corridas também terão aqui o seu espaço de discussão e debate. E aqui chego à segunda questão: este blog também é um espaço onde será dada a possibilidade de outros partilharem, dizerem bem, dizerem mal (isso é que vai ser bom, quem não gosta de dizer mal, hein?), perguntarem, afirmarem... Whatever... E sobre outros temas que não apenas as corridas. Afinal, a minha vida não é só feita disso.
Corridas, running, jogging, como lhe quiserem chamar. Ou até outros desportos que pratiquem, é tudo bem-vindo, mas do meu lado já sabem com o que contam: CORRIDAS! Falar com paixão é muito mais fácil, partilhar com paixão significa arrancar emoções desse lado. Se assim não for escolham outro blog, este definitivamente não vos serve.
Entre outras paixões, que a seu tempo irão conhecer, esta é a mais recente e aquela que é responsável por esta minha grande aventura: a de me “entregar” nesta teia mundial, a World Wide Web, e partilhar as minhas conquistas, frustrações e angústias enquanto mulher que corre, que quer sentir-se saudável... E gira, claro!
Prometo ser tão assídua aqui quanto sou nas minhas corridas!
Deixo-vos, para já, com o 1º dos meus mandamentos: NÃO CORRAS COM AS PERNAS! (Em breve discutiremos este assunto).
God bless me!