Uma semana volvida e tudo está ainda muito à flor da pele. O
impacto desta prova nas nossas vidas foi muito grande. De diversos pontos de
vista, cada um de nós, dos miúdos aos graúdos, passou por uma semana muito
intensa.
O antes da prova também foi intenso. Intenso em treinos e dedicação.
Intenso em estudo, em cálculo, em planeamento. Tudo se prepara. Não só o corpo,
mas também a cabeça e a mochila.
Muito haveria para contar, mas por um lado, não posso nem
faço relatos de provas que não vivi, nem sequer de perto. Só à distância de um
F5.
O Paul Michel vem, claro, de alma cheia e muitos ‘ses’…
Muito ‘ses’ e uma certeza: a prova foi o que tinha de ser. Aliás, foi uma prova
que se transformou numa viagem. Uma viagem que o levou a terminar e a alcançar o
sonho. E aqui não há ‘ses’. O sonho era terminar o Tor des Géants. Um sonho que
foi uma travessia.
Sei que o Paul Michel esteve no inferno. Mas entrou e saiu.
Quando saiu ele muda a história do Tor des Géants. Muda a
história, mantém as personagens, mantém o palco e segue a sua travessia até ao fim.
Esta viagem, como todas aliás, tem uma história. Um história
com princípio, meio e… Sem fim. Esta história não teve fim. Esta história
continua... Continua a história e continua a viagem. Seja por montanha, deserto
ou estrada o que interessa é viajar, é conhecer o mundo, é sonhar e
concretizar.
Uma palavra de apreço e de profunda gratidão a todos que nos
acompanharam nesta viagem. Foram muitos.
Mas depois há um que, mesmo não sabendo, esteve lá…
Paulo Pires.
Partilhando a sua filosofia de treino resta-me acrescentar
que por detrás de cada sucesso, esforço, paixão e coragem para arriscar… Existe
o Paulo Pires com coragem para apoiar e viver a viagem connosco. Passe ela por onde passar...