29 de abril de 2015

Gerês Trail Adventure 2015


Vou ali num pulinho e já volto, sim?

Amanhã estou de partida para o Gerês. Vou até lá pedir autógrafos à elite internacional, tirar fotografias, comer cabrito, beber pinga da boa...

Mentira. Vou correr e fechar a boca.

Amanhã começa o Gerês Trail Adventure organizado pelo Carlos Sá. Vou até lá fazer três das quatro etapas previstas. Quero e tenho de seguir à risca o meu plano de treinos. Além disso uma empreitada destas também é areia a mais para a minha limosine (sim, porque eu não tenho camioneta). Ora atentem:


  • 5ª feira: 17km com 1000D+
  • 6ª feira: 16 km com 1000D+
  • Sábado: 20km com 1500 D+
  • Domingo: 15km com 1000D+

Depois de refletir e negociar com quem de direito optei por fazer as etapas de 5ª, 6ª e domingo.

O Paul Michel vai fazer:

  • 5ª feira: 17km com 1000D+
  • 6ª feira: 35km com 2000D+
  • Sábado: 60km com 4500D+
  • Domingo: 15km com 1000D+

Na 2ª feira fazemos 15km de carro sempre a direito. É o percurso mínimo para chegar ao gabinete de massagens do Mestre Urbano com queixumes vários.

Espero trazer muitas coisas para vos contar e espero (re)ver velhos e novos amigos!

No ano passado foi assim:





  




Bons treinos!!




    15 de abril de 2015

    Até que o Atlântico nos separe

    Já várias vezes comentei aqui no blogue que a corrida trouxe muitas coisas boas à minha vida. Uma delas é as amizades e as pessoas que vou conhecendo não só através do blogue, como nas provas.

    O Jorge é um atleta brasileiro que todos os anos escolhe uma meia-maratona algures no mundo e planeia as suas férias em família para esse destino. No ano passado foi a Jerusalém este ano elegeu Portugal.

    Sigo o blogue do Jorge vai para mais de um ano, porque identifico-me com a sua maneira de encarar a corrida: acima de tudo por uma questão de saúde e bem-estar físico e emocional.

    Sabendo que o Jorge viria a Lisboa não podia deixar passar em branco um encontro. E assim foi. Na véspera da Meia Maratona de Lisboa fomos ao encontro do Jorge e da sua simpática mulher, a Samira, para os conhecer pessoalmente. E tal como esperava, foi um encontro memorável. Quatro pessoas que nunca se viram e que se encontram na receção de um hotel e conseguem estar três horas à conversa. Denominador comum: corrida!!

    Foi um enorme prazer conhecê-los e espero que um dia voltem a Portugal.


    Um forte abraço para vocês, Jorge e Samira




    13 de abril de 2015

    Outra mudança (desta vez, nos pés)



    Mais uma mudança. Mudei de ténis. Ou de sapatilhas, caso estejam a ler este ‘post’ de Leiria para cima.

    Decidi dar oportunidade a outra marca que já andava debaixo d'olho há algum tempo: La Sportiva. Comprei os Ultra Raptor. Se tem ultra no nome só pode ser bom.

    No que toca à cor também resolvi mudar um bocadinho. Que tal azul? Acheio-os um miminho.

    Usei-os pela primeira vez no treino longo nas férias da Páscoa na Pampilhosa. Avancei contra todas as regras que ditam mais ou menos isto: “se forem uns ténis novos adapta-te progressivamente a eles. Faz primeiro corridas mais curtas e vai incrementando tempo/quilómetros à medida que se adaptam aos teus pés”.

    Pois que não. Pela primeira vez, usei-os num treino de três horas, enfiei-os nos meus pés e 'bora lá levantar borralho – como se diz lá na zona.

    Posso dizer-vos que foi um sonho. Nunca, em tempo algum e até hoje, uns ténis me serviram tão bem nos pés. Sem mi-mi-mis encaixaram perfeitamente nos meus pés. E no final do treino tinha os pés impecáveis: sem bolhas, sem amassos, sem unhas isto-e-aquilo. Quanto à sua performance, nada a assinalar. Agarraram-se muito bem ao terreno (que não é nada por aí além, basicamente estamos a falar de estradões) e em zonas mais instáveis (pedra rolante) senti muita estabilidade, sem receios de torção. 


    Posso adiantar-vos que, para já, estou muito contente com eles. Resta-me testá-los em terreno rochoso e molhado. Mas a continuar assim dificilmente voltarão a entrar outras marcas (para trail) nos meus pés.






    Mas depois dei-me conta que não tinha nada a condizer com eles. Vai daí...


    Olé!!!

    E não satisfeita...



    Credo, às vezes nem eu me aturo. Quanto mais vocês...

    7 de abril de 2015

    Marathon des Sables'15

    Ontem lá em casa bateu-nos uma saudade... Saudade de quê? Da Maratona das Areias.

    Faz agora um ano que acordava todos os dias com dores de barriga. Passava o dia ligada ao computador, sem conseguir concentrar-me em mais nada, que não apenas o track do Paul Michel. E sempre na ânsia de ver a hora no 'Arrivé'. Suspirava de alívio e pensava: "mais uma etapa..."

    Depois meteu-se a aventura de viajar até ao deserto para esperar o Paul Michel na meta. Só há poucas semanas a minha mãe me confidenciou que se fartou de chorar, com medo, quando me deixou no aeroporto. Ficou cá sozinha com os dois netos enquanto o genro, esse doido, andava a correr no deserto e a filha, outra maluca, ia atrás dele para lhe fazer uma surpresa.

    Várias vezes recordamos lá em casa esta aventura. Ontem li e reli os relatos e os comentários que tantos de vós me deixaram. Foi uma aventura e pêras. Apetece-me apanhar o primeiro avião e voltar para lá.

    Esta prova tem um não-sei-quê que mexe comigo. Não sei explicar. Acompanho-a como nenhuma outra. Há um desejo secreto em mim de estar lá, mas ao mesmo tempo um sentimento que me diz que é um tipo de prova que não se adequa ao meu perfil. O próprio Paul Michel diz: “aquilo não é para ti” – e depois ri-se. E eu sei que não é. É uma prova com demasiadas privações, é uma prova em que a parte do “já não me estou a divertir” é uma constante. É uma prova que nos põe à prova.

    Este ano acompanho a prova mais calmamente. Diariamente consulto o site da prova para ver a prestação de duas pessoas: do Carlos Sá (dorsal 582) e da Carla André (dorsal 581). Embora jogando em campeonatos diferentes, acompanho os dois com o mesmo entusiasmo.


    Faço votos que terminem bem e que alcancem os seus objetivos.

    Caso queiram enviar uma mensagem aos atletas é só clicarem aqui. Façam-no porque para eles é muito importante receber palavras de apoio.



      

    6 de abril de 2015

    Páscoa na serra


    Ir de mini férias da Páscoa até à serra significa aproveitar o melhor que esta terra nos dá e ir correr. Foi isso que aconteceu. Sexta, sábado e domingo. Três dias na serra, três dias a correr.

    Sexta-feira foi o melhor treino, o treino longo. 21km da Barragem de Santa Luzia até à vila da Pampilhosa. Eu fiz 16km porque nos últimos 5km telefonei ao Paul Michel para me ir buscar. Estava cheia de sede e já não aguentava mais. Parecia uma iniciada nestas coisas da prática do trail. Enfim, uma vergonha.

    Achamos que já somos o máximo e toca de levar apenas no cinto de hidratação, um bidão de 500ml. Isto porque no caminho teríamos dois pontos de água. Ter até tínhamos, só era preciso encontrá-los. E aqui a saloia que corre tão rápido, mas tão rápido, passa por um e nem sequer o vê. Resultado: fiz 12km com 300ml de água. Ia morrendo.

    Tirando esse facto, correu tudo muito bem. Quer dizer, tirando esse facto e outro facto. O facto de chegar a casa esganada de fome e comer um iogurte depois de beber 1 litro de água fresca. Resultado: nem chegou a meia hora, tenho uma paragem de digestão e toca de vomitar. Foi o suficiente para me mandar para a cama por volta das 21h e não sair de lá até ao outro dia de manhã.

    Tirando estes dois factos correu tudo muito bem. Quer dizer, correu tudo muito bem tirando outros factos: um facto chamado cabrito, outro facto chamado amêndoas, outro facto chamado filhoses, mais outro chamado pão com manteiga, e broas e Sequilhos da D. Otília e eu sei lá mais o quê...

    Merda, p'rós factos!




    Os corredores de serviço

    Paul Michel, Jean Charles e Johnny Cheaper

    Os três a trepar o monte

    Na cidade não se vê nada disto.


    Ri-te, ri-te...

    O despontar das flores

    Cabril







    Sábado e domingo fiz treinos mais ligeiros. No sábado o meu filho acompanhou-nos e tinha como objetivo fazer 6km. Fez e com mais garra que eu que ainda me contorcia com dores no estômago.

    Tenho agora pela frente a chamada semana zero. Gastronomicamente falando, claro...

    Porque no que toca a treinos devo ter a semana oitenta e quatro elevada ao cubo!!