Quase que me mijei toda...
Se isto me acontece quando sei o meu número de dorsal... O que me irá acontecer quando alinhar na meta??
Vou comprar umas Lindor. Vou!
31 de julho de 2014
30 de julho de 2014
Preciso de me sentir gente (outra vez...)
Opá, já ando a ficar obtusa de tanto calção, ténis
(sapatilhas) de corrida, t-shirts técnicas, bastões… Preciso sentir-me gaja!
(Já para não falar da abstinência petisqueira e alcoólica que ando a atravessar).
Qual Marathon Des Sables ao pé disto, qual quê… Não petiscar nem bebericar no verão é que
é uma travessia desértica!
Andei a espreitar as modas e fiquei deveras feliz que os
designers apostem nos - também super na moda - “sneackers” (é a mesma coisa que
ténis ou sapatilhas, mas assim tem mais estilo – dizem…)
Um português que muito prezo é o Luís Onofre. Vejam,
meninas, o que ele desenhou para nós.
Assim de repente já comprava dois pares. Ou três...
19 de julho de 2014
Relato curto e frio – tal como a minha (não) prova no UTDP
A prova Ultra Trail Douro Paiva já lá vai. Já lá vai e
deixou-me marcas, não físicas (apenas uns arranhões nas pernas), mas
psicológicas. Fui até Cinfães para fazer 30km com um desnível de 2600 D+.
Quando me inscrevi para esta prova, há muitos meses atrás (creio que nem
Chamonix ainda existia na minha vida), fi-lo porque a par do meu Alentejo esta
também é uma zona que me é muito querida. Também aqui passei muitas férias na
minha infância. Não em Cinfães, mas muito perto, mais precisamente no concelho
de Castro Daire.
Memórias à parte esta prova ficará para sempre na minha
memória: pelos melhores e piores motivos. Começando pelos melhores: andei por trilhos de uma beleza
inigualável. Várias vezes tive a sensação de estar num país que não o meu.
Várias vezes me questionei: “mas isto é cá?” O UTDP tem paisagens lindas,
piscinas naturais, rios e ribeiras, cascatas, muita vegetação.
Os piores: a prova onde mais sofri. A prova onde
literalmente morri, ao km10. Para abreviar conversa demorei 4h30m a fazer 15km.
Desisti na minha cabeça aos 10km, mas ainda fiz mais 5km até ao abastecimento
onde me levaram até à meta.
Sei como fui para esta prova, sabia que nunca a faria como
prova. Tinha em mente fazer o que conseguisse (como prova) e o restante
percurso a caminhar em jeito de passeio no parque. Mas nem isso consegui.
Entrei em falência física completa e nem caminhar conseguia.
Vivi sensações únicas, sensações más que nunca mais quero
voltar a sentir. Sei porque as senti. Sei que a culpa foi minha. Achei que conseguia
chegar lá. Tomei opções radicais e paguei a fatura. Só não pensei que o preço
fosse tão alto.
Tinha dedicado esta prova ao Pedro Cunha que luta SEM
DESISTIR contra um cancro, pois nesse dia teria lugar uma caminhada solidária
por ele e eu não poderia estar presente. Eu desisti. Já não tinha mais forças,
nem para dar um passo atrás do outro.
Quero deixar uma palavra de grande carinho à Joana “Vassoura”
que me acompanhou e me deu força até onde achou que eu poderia ir. Ainda hoje a
oiço: “olha, alguma vez desististe de uma prova? Então não desistas hoje…
Desiste noutro dia… Vá lá… Eu vou contigo.”
E foi. Sempre. Deu-me da sua água, levou-me os bastões, foi
sempre conversando comigo até… Até me dizer: “eu acho que deves parar… Desculpa
dizer-te, mas acho melhor.”
Eu também. E parei.
(Muito mais há para contar, refletir e partilhar, mas fica
para outro dia).
7 de julho de 2014
Treinando e dietando #4
Tem sido mais difícil manter a atividade blogueira que treinar. Mais difícil que fazer estas duas coisas só mesmo a dieta!!
Nas duas últimas semanas tive direito a férias e festa de aniversário. Estes dois acontecimentos perturbaram ligeiramente o meu plano de treinos. Nas férias não fiz o treino longo. Estava ausente do país e não gosto de me arriscar por percursos longos em locais que desconheço absolutamente.
E assim de repente estou a seis semanas de Chamonix...
Nas duas últimas semanas tive direito a férias e festa de aniversário. Estes dois acontecimentos perturbaram ligeiramente o meu plano de treinos. Nas férias não fiz o treino longo. Estava ausente do país e não gosto de me arriscar por percursos longos em locais que desconheço absolutamente.
No meu aniversário uma jantarada (e pêras!!) deitou tudo a
perder. Um bom jantar regado com um poucochinho de álcool revelou que a vida de
copos é igual à vida de maratonista: há que manter sempre uma constância. Ou
seja, há que manter um patamar mínimo de treinos, senão quando um dia retomamos
a (pensamos nós!) rotina… Percebemos o quão em baixo de forma estamos. Foi isso
que nos aconteceu. Aquela gota (!!) de álcool levou-nos a um estado de quase embriaguez.
No dia seguinte quem conseguia treinar?
Bom, de presente de aniversário recebi o último utensílio
que me fazia falta para o Monte Branco: os bastões. Recebi uns Black Diamond em
carbono. São leves, leves, leves… Depois mostro. Vou usá-los já no próximo longo no UTDP.
Ainda assim no dia seguinte ao meu aniversário consegui
treinar embora não atingindo o objetivo em termos de tempo de treino. Estava
completamente exausta. Aquela gota de álcool deu cabo de mim.
O que correu bastante bem foi o treino longo no final da
semana. Por terras da Pampilhosa da Serra (re)fizemos o percurso do trail da
Pampilhosa. Foram 29km (raramente) acompanhada pelo Paul Michel que, lá de
quando em vez, voltava para trás para ver de mim. Aproveitava e “puxava-me” um
pouco. Gabo-lhe a paciência. Para ele treinar comigo não é fácil, mas é como
ele diz: de vez em quando um homem tem de
fazer uma caridade. E se for à mulher com quem é casado dá direito a lugar no
céu.
A cereja em cima do bolo foi a sessão de crioterapia no rio Unhais em plena praia fluvial da Pampilhosa.
E assim de repente estou a seis semanas de Chamonix...
2 de julho de 2014
Desafio Monte Branco - OCC
Ainda não tinha mostrado aquilo que me tem motivado, nas últimas semanas, a treinar e a fechar a boca, pois não?
Aqui está ele, o gráfico com a altimetria. Tenho p'ra mim que ali por volta do km25 me vai dar um piripác. Por isso sai daqui o meu apelo: se algum de vós quiser aparecer para me fazer uma surpresa sugiro que esteja ali entre Trient e Vallorcine.
São bem vindos e podem fazer uns cartazes a dizer: "vous avez à courir, fille portugaise! Allez Anábêlá (com sotaque...)... Si vous finissez la course, vous prenez une photo avec Kilian, Krupicka et l'autre jeune garçon qui a fait le Marathon des Sables, le Paul Michel."
(Pardon mon français, mas já ando num chitéx...)
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