18 de março de 2016

Trail da Costa Saloia


 Ritchie e Eu

 Paul Michel e Ritchie

No domingo passado fomos até ao Mucifal, essa pequena terra que nos faz sentir que estamos no campo. No Mucifal há pinhal, hortas, velhotes que nos dizem “bom dia, menina, nã vá tã depressa…” e há um trail muito bem organizado.

O percurso do trail da Costa Saloia é bastante variado: desde pinhal, serra, mar, cheirinho a vila, turistas curiosos e população simpática mas desconfiada de nos ver por ali.

A organização esteve impecável: os abastecimentos eram bons e existiam de 5 em 5 km, o percurso estava muitíssimo bem marcado, nunca deixando margens para dúvidas (e se as houvesse já sabem: é sempre para cima!) e o remate final foi o dia de sol e pouco vento que proporcionou uma bela manhã de desporto.

Fiz uma amiga: a Diane, uma americana de 56 anos que apanhei numa subida e com ela fiz a descida até à praia. Muito simpática, lá me foi contando a sua vida: dieta de Atkins, corrida diária, morava em Portugal, nós erámos um povo fantástico… No final, tive muita pena, mas não consegui esperar por ela na meta, pois tinha uma chanfana em casa da sogra à espera e o Paul Michel já estava nervoso por isso.

Tirando o facto de ter sido picada por uma abelha, tudo correu lindamente. Fiz o meu treino dentro dos parâmetros que me são exigidos e sinto-me cada dia mais confiante. No entretanto, o meu piriforme começou a dar sinal. Esta semana que vem já lhe vou ler uma sentença e a seguir vou fazer uma mezinha caseira e tudo vai dar certo. Se a coisa correr mal, vou ao Professor Karamba.

Beijinhos e uma Páscoa feliz!


8 de março de 2016

Ultra Trail Linhas de Torres (25km)

Mais um treino longo conseguido! Mais 25km rumo ao MIUT (43km).

Se durante a semana a coisa não tem sido famosa, pois ando com dificuldades em cumprir o plano de treino, chego ao fim de semana e consigo fazer os treinos longos. Mas isso, claro, só porque me inscrevo em provas.

Esta prova tinha muito poucos participantes. Estavam inscritos 90 atletas (não sei quantos iniciaram), mas concluíram cerca de 50. Éramos realmente muito poucos.

Gostei da organização, gostei do que vi nos abastecimentos, bastante razoáveis para uma prova deste tipo e gostei da paisagem. O trilho por vezes não deixou correr com confiança porque era muito estreito e irregular (muito propenso a lesões).

As marcações, em meu entender, não estavam bem. Aliás, perdi-me três vezes. Até me perdi a chegar à meta, já dentro do Turcifal. Quando tenho de parar para tentar descobrir onde está a fita é porque a coisa não está bem. Não é suposto ter de procurar fitas, estas devem estar sempre visíveis entre umas e outras.

De resto, acho que a prova é simpática não obstante ter sido muito rápida para o meu gosto. Largou tudo a correr que nem desalmados, até o Paul Michel, ao ponto de na primeira subida já era a última do pelotão. Pensei para os meus botões: “bom, mais um dia onde vais fazer amizade com o/a Vassoura”…

Daqui em diante seguiu-se um percurso engraçado, deu-me a sensação que andámos às voltinhas, e onde me perdi duas vezes. Como ia sozinha não tinha guias e por isso tive a necessidade de ir mais atenta. Daí ter percebido a necessidade de existirem mais fitas ou estas estarem em locais mais visíveis.

Quase no final, somos presenteados com uma travessia pelo caudal de um rio, também muito bom para lixar um pé, mas também percebi que não haveria ali grandes hipóteses de desviar caminho.

Depois disto arrefeci bastante, a noite começou a cair e as marcações deixaram de se ver. Como não eram refletoras tinha mesmo de andar de olho bem aberto à procura delas.

Por isso, Srs. Organizadores, lembram-se que nem todos são rápidos! Uma prova que começa às 15h e tem como tempo limite as 19h, em pelo menos parte do percurso, as marcações devem ser refletoras.

Próximo domingo vamos lá fazer mais 23km ali na zona de Sintra!


Espero fazer aquele sorriso.



Paul Michel em modo mete-nojo, pois dá-me 1h30m de avanço numa prova de 25km.



Até sopras!


3 de março de 2016

24km de Sicó + 1km de Abutres (ao que dizem...)

Ora viva!! 

Domingo passado fomos até Condeixa. Na senda da preparação para os desafios de 2016 já vos tinha aqui dito que me inscrevi em várias provas para conseguir fazer os treinos longos que o Mister me obriga.

Escolho distâncias até um máximo de 25km e vou em autonomia. Significa que sou das melhores freguesas para as organizações de provas. Isto é, pago para pisar chão.

Posso parar nos abastecimentos para descansar um pouco, mas não vou a contar com eles. Levo tudo comigo: telemóvel, impermeável (se se justificar), líquidos, sólidos, manta térmica, Imodium e toalhitas para o rabinho.

Em Sicó, fui aos 25km e o Paul Michel aos 50km. Ambos terminámos bem e de saúde que é o que se quer.

Esta prova é muito falada pela sua qualidade, sobretudo pelo empenho e dedicação da organização e pela qualidade (e quantidade) dos abastecimentos. Na minha prova, por exemplo, houve quatro abastecimentos. Não se justifica, é demasiado, mas antes pecar por excesso do que por defeito.

Os trilhos em Sicó são muito bonitos e diversificados. Creio não ter feito em Portugal uma prova com tanta variedade paisagística. Tivemos de tudo um pouco: ruínas, bosque, mato, até um cheirinho a “Abutres” (como alguns lhe chamaram): o terrível Trilho da Cascata. Benzó Deus!! Um trilho altamente técnico, massacrado pelas centenas de atletas que lá tinham passado antes de mim, com muita lama, muito tronco, muita descida, muita pedra… Enfim, um tipo de trilho que não aprecio.

Percebe-se que é uma prova pensada e cuja organização se empenha em proporcionar aos atletas um excelente dia de trail. Este ano, pese embora as condições atmosféricas terem sido bastante adversas, creio que a prova não saiu prejudicada, pois os atletas entendem que há questões que não se podem contornar, como é o caso do frio, chuva e neve.

No domingo tivemos imensa sorte com o tempo, pois esteve quase sempre céu limpo. A única coisa que destoava era mesmo o estado do trilho que ainda evidenciava o poder dos deuses da meteorologia. Apanhei inclusive alguns troços que eram autênticas ribeiras.

Demorei quase 5 horas para fazer 25km. Mas fartei-me de curtir. Também penei um pouco, lá por duas ou três vezes. Mas regra geral, fui sempre a apreciar a paisagem, volta e meia dois dedos de conversa com uma amiga dos Viriathvs Runners, com quem acabei por fazer a prova toda.



E no final? O que é que temos SEMPRE no final???

Ohhhh Yeaaaahhhhh