9 de maio de 2016

Próxima paragem: OCC


Acabou-se o período de recuperação MIUT e esta semana inicia-se a preparação para a OCC. Tive apenas duas semanas para respirar do alívio que é viver espartilhada entre família, trabalho e plano de treinos. Por vezes falta-me o ar.

Já aqui me queixei algumas vezes do quão difícil é, por vezes, fazer esta gestão. Mas o desafio de ter uma vida preenchida e ativa passa também por isso: por ajustar as nossas tarefas e responsabilidades diárias à vontade de querer correr.

Nestas duas semanas de ronha (chamemos-lhe assim!) aproveitei para fazer alguns disparates gastronómicos. Matei saudades de umas quantas porcarias que gosto de comer (e beber!) e que em momentos de preparação para um desafio tento evitar.

Nos finais de agosto voltarei àquela que é considerada a Meca do trail mundial para voltar a fazer a prova que, até hoje, mais significado teve para mim. Porque foi a minha primeira ultra, porque foi logo em Chamonix num ambiente absolutamente fascinante, porque me senti mesmo desafiada, porque estava nervosa, porque não sabia MESMO se iria conseguir. Nesse ano tive sempre ao meu lado o Paulo Soares que claramente decidiu acompanhar-me (ainda hoje desconfio que foi a mulher dele que o obrigou!). Ter alguém que vai ao nosso ritmo, que corre quando nós corremos, que anda quando nós andamos, que vai calado quando nós não falamos… Ajuda muito.

Outro fator que na altura também ajudou foi a meteorologia. Estava um dia magnífico. Não estava sequer frio, nem nas cotas mais altas, estava calor, sol, um dia lindo.

Às vezes tenho a sensação que este ano tudo pode ser diferente, para pior. Irei sozinha e pode estar um tempo agreste. Por outro lado, o facto do Paul Michel não ir fazer prova nenhuma (vai aproveitar a estadia e vai treinar) pode ser um ponto a meu favor. Diz que vai fazer a minha prova ao contrário (da meta em Chamonix rumo à partida) e vai ao meu encontro e que depois regressa comigo.

Avizinha-se um período de treino mais intenso, portanto. O treino para a OCC vai ser mais duro que o treino para o MIUT. A primeira é muito mais exigente, tanto em quilómetros mas sobretudo em desnível positivo: que é o triplo. Em Agosto esperam-me 3300m D+. Lembro-me bem das subidas intermináveis. Lembro-me de subir várias horas. Devagar, mas durante muito tempo.


Resta-me dar o meu melhor em treino para que possa desfrutar o mais possível em prova. É esse o meu grande objetivo. E, claro, se conseguir baixar das 12h39m30s também me fazia sorrir mais um bocadinho.


11 comentários:

  1. Vamos nessa Vanessa :) ... siga pra bingo ... bora lá ... quem me dera ;)
    Beijinhos

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  2. Treinar,treinar e treinar.
    Respira fundo,exercita a mente e vamoquevamo que essa voce também vai conquistar.
    Força,Ana!!!!!
    Abraço.

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  3. Não é vamos nessa Vanessa com diz o Carlos Cardoso é vamos nessa Marcarena que tem de correr que nem uma Rena (sei lá se a Renas correm muito mas rima ! hi hi). Beijinhos

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    1. O Carlos não percebe nada disto!!
      Macarena!! Isso sim! Eheheheh
      Beijinhos

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    2. Olha que eu estou aqui a ouvir a conversa ... e sabes que em final de Agosto estamos lá ... não me queiras ver chateado :P

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  4. Força Anabela!

    Quanto mais dura for esta preparação, melhor te sentirás na prova.

    May the force be with you! :)

    Beijinhos e dá-lhe :)

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    1. É isso que pretendo, João!
      Já aprendi que quanto mais se treina, mas se desfruta (desde que não haja nenhum azar!)
      Beijinhos

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  5. Pronto, só não vou a Chamonix beber uma Carlsberg porque ainda podias estacionar na esplanada, depois demoravas 12h39m31s a acabar o OCC e eu não quero que nada diminua esse sorriso.

    Dito isto, moça, dálhe que quanto melhor a preparação e treino melhor a correr durante a prova (dizem, que eu não percebo nada disto).

    Até tens a companhia do Paul Michel, em modo treino ahahahha

    Bjs

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    1. Como diria alguém: tem tudo para correr bem, não é?
      A ver vamos!!
      Quem me dera fazer um brinde com uma Carlsberg no final da prova!
      Beijinhos

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